Entre os dias 17 e 19 de Abril, a cidade de Florianópolis receberá o Primeiro Congresso Brasileiro de Veículos Elétricos. O evento, que contará com engenheiros e entidades de engenharia elétrica do país inteiro, será o primeiro encontro voltado para o debate e crescimento do mercado automobilístico elétrico no país.
Foto: Elon Musk e Tesla Model X, EV mais rápido e mais seguro do mercado no ano de 2022.
Recente no mundo e ainda mais recente no país, a indústria de veículos elétricos ainda possui alguns pontos que devem ser repensados. No Brasil, a tecnologia tem ganhado cada vez mais atenção, principalmente entre a população mais jovem. Além do interesse populacional, também existe um enorme interesse socioeconômico. Em um país que possui um vasto histórico de montadoras multinacionais (como Ford, Toyota, Hyundai, GM e outras), a cultura das montadoras especializadas em veículos elétricos também pode se tornar uma forma de gerar empregos e girar mais uma engrenagem da economia nacional.
Com tecnologia trazida principalmente do Oriente e da América do Norte, esse novo mercado pode se desenvolver plenamente junto com a economia de nosso país, que nos últimos anos sofreu com o retrocesso na indústria automobilística convencional. Não só pelo período de pandemia mas também pela alta dos juros que se deu posteriormente, diversas montadoras diminuíram abruptamente o seu contingente ou até mesmo deixaram as atividades em solo brasileiro, colocando seus funcionários em férias coletivas, informando oficialmente o desligamento de fábricas ou através de demissões em massa. Esse impacto pode ser facilmente percebido se você comparar os custos de um carro nos dias de hoje com o custo dos anos passados.
Foto: Reprodução
Além da sustentabilidade e do desenvolvimento econômico que essa tecnologia pode nos proporcionar, ainda existem fatores de bem estar social envolvidos. Em São Paulo, por exemplo, cidade cientificamente comprovada como a cidade mais estressada do Brasil (e uma das mais estressadas do mundo), os índices de poluição do ar e poluição sonora são elevadíssimos e influenciam diretamente na qualidade de vida de sua população. Na capital paulista, aqueles que optam por adquirir carros elétricos pagam 3,5% a menos de ICMS ou até mesmo conseguem isenções de impostos. Em uma das cidades mais afetadas pela enorme quantidade de combustão, emissão de carbono e estresse gerado por poluição sonora, a redução do ICMS foi uma das medidas tomadas para incentivar a compra desse tipo de veículo. É uma medida que pode ser ainda mais desenvolvida, considerando que infelizmente parte do valor descontado do imposto acaba se esvaindo no valor dos carros elétricos (que ainda são elevados), mas é justamente isso que torna o debate tão necessário no Brasil. Já imaginou ver aqueles engarrafamentos absurdos da maior metrópole brasileira sem emissão de CO² e com carros silenciosos? Já imaginou poder transformar seu motor à combustão em um motor elétrico? Já imaginou ter uma redução de impostos só por estar cooperando com o meio ambiente e o bem-estar social?
Foto: Reprodução. Engarrafamento de 315 km em SP.
Em um mundo que caminha cada vez mais para a união da tecnologia com a sustentabilidade e o meio ambiente, um país de magnitude ecológica como o Brasil não deveria ficar para trás, e torcemos para que o Primeiro Congresso Brasileiro de Veículos Elétricos saia de Florianópolis para o resto do Brasil com a ideia de progresso e melhoria em mente!
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